Hoje, logo pela manhã, comecei a me lembrar daquele 12 de julho de 2010.
Os preparativos eram para a noite, mas, ao acordar, as 06h20, os sintomas diziam que não era mais possível esperar. A barriga dura, um pouco de sangramento, dor... muita dor.
No caminho, trânsito intenso no Anel Rodoviário, uma certa ansiedade, mas uma fé ainda maior - Deus estava conosco e em breve passaríamos por um dos momentos mais mágicos de nossas vidas.
No hospital a constatação de que a hora havia chegado. Dor... respira... Dor... respira... Muita dor... De dez em dez minutos. De cinco em cinco. De três em três. De um em um. Finalmente a porta se abre e vem o chamado.
Naquela sala gelada, um soprinho de alívio. Aquela agulhinha salvadora que, com uma simples picadinha, arrancou a dor e, pela primeira vez, me fez relaxar um pouco.
Pulsação. Bipes eletrônicos. Corte. Silêncio. E, finalmente, o choro libertador. As 13h50, do dia 12 de julho, o nosso Pequeno Vinícius aterrissou em nosso Planetinha.
Ainda me recordo daquela carinha enrugada, toda vermelhinha e melecada em meu colo, pela primeira vez. Um choro forte, gargantinha de ouro que, diga-se de passagem, ainda continua firme e forte até hoje. A mãozinha agitada e o dedinho que, no primeiro estalo, foi direto para minha boca.
Um turbilhão de emoções. A vida de cabeça para baixo. Dizer que o processo de adaptação foi fácil é bobagem. Somente depois de um ano é que voltamos a respirar um pouco e, mesmo assim, nos dias de febre e dor de garganta ainda temos algumas recaidas.
Porém, o que fica é mais forte, supera as questões lógicas e racionais. Nos deixa a certeza de que nada é impossível quando mudamos o foco e redefinimos nossas prioridades. Afinal, há exatos dois anos, esse principezinho chegou em nosso mundo e revolucionou a nossa forma de agir, de pensar e de ver.
Nada foi tão mágico quanto vê-lo nascer... Engatinhar...Dar os primeiros passos... As primeiras palavras...As primeiras frases... O primeiro dia na escola... A primeira vez em que comeu sozinho... A primeira vez em que escovou os dentes sozinho... A primeira vez em que decidiu qual música queria escutar... A primeira vez em que definiu qual a meia mais bonita para se usar...A primeira viagem... A primeira vez em que viu o mar...A primeira vez em que assistiu a uma peça de teatro... O primeiro chocolate... A primeira vez em que assumiu o controle remoto... O primeiro choro de emoção em sua festinha na escola...Enfim, todas as primeiras pequenas, grandes, conquistas e descobertas de um novo mundo.
Vinícius. Poetinha. Príncipe. Vivico. Nenezão. Gatinho da mamãe. Lourinho do papai. Xodozinho dos avôs... Denguinho dos titios e das titias. Caçulinha da turmina da escola. Namoradinho da Luana, da Nina, da Maria Nanda... Amigão do Babu.
Simplesmente Vinícius, com as suas tagarelices para nos alegrar e nos renovar. Um olhar encantador para nos mostrar a verdadeira beleza da vida. E, um sorriso para mover montanhas, destruir incertezas e jogar por terra qualquer pensamento negativo.
Assim é o Vivico. Assim ele nos cativou. Assim temos a certeza de que ele é uma benção, enviada por Deus, para nos mostrar o verdadeiro sentido da vida. Nossa luz. Nossa esperança. Nosso sonho. Nossa realização. A concretização de nosso amor. A razão de nossa existência!
Parabéns Vinícius e obrigada por trazer tanta luz e amor para nossas vidas!
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