A dor do vexame


O que doeu ontem não foi a derrota, mas, sim o tamanho dela. Sabíamos que o jogo seria muito difícil e que a vitória seria quase um milagre. Mas, nem o mais pessimista dos pessimistas poderia prever um resultado como aquele.

Doeu ver a insegurança, o desequilíbrio emocional e a imaturidade daqueles que foram escolhidos para representar uma seleção pentacampeã.

Doeu passar vexame diante de sua torcida, como anfitriões da Copa.

Doeu ver a arrogância de um treinador que, por teimosia ou burrice, insistiu e expôs os jogadores a um esquema tático ultrapassado, sem entrosamento e fadado ao fracasso.

Doeu ver o meu filho triste sem entender o que estava acontecendo. E mais ainda em pensar que uma geração inteira poderá crescer com vergonha de sua seleção.

Doeu ver a ignorância de pessoas que optaram por xingar a presidenta e colocar fogo em bandeiras, não sei se por desespero ou por falta de senso crítico para saber diferenciar política de futebol.

O dia de ontem foi dolorido. Não pela derrota, pela desclassificação, mas pelo vexatório simbolismo de impotência e vergonha, imposto em cada um daqueles gols.

Sempre torci e continuarei a torcer pela seleção brasileira, pelo simples fato de que ela representa o meu país. Mas, desculpem-me, pois a dor que senti ontem me faz ter o direito de não respeitar a apatia daqueles jogadores, daquele técnico e daquela Confederação que não respeitaram o futebol e a torcida do nosso Brasil!

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