Oito meses e uma eternidade

A gravidez passa rápido. Quer dizer, quando você se assusta já está no oitavo mês, prestes a ir para a maternidade. Afinal, são muitos exames, consultas. A correria para preparar o ninho. Providenciar as lembrancinhas. Comprar o enxoval. Ler livros. Fazer cursos. São tantos os preparativos que o tempo voa.

O problema, no entanto, é quando chega o nono mês. Tudo pronto e conferido. Resta apenas esperar a hora certa do pequeno chegar. Neste momento o tempo parece não passar. As semanas ficam enormes. Os dias longos demais. O relógio parece parado diante de tamanha expectativa.

Cresce também a insegurança. Quanta coisa pode acontecer durante um parto? Será que o médico está sendo prudente demais? Será que neném realmente está bem? Será que ele não está demorando demais para nascer? Milhares de perguntas ficam atordoando a cabeça.

Quantas dúvidas. Quanto temor. Quanta ansiedade na espera da tão sonhada hora. Já que o tempo realmente é relativo, o último mês parece uma verdadeira eternidade. Falta pouco, mas o pouco parece muito.

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