O tic-tac fez pulsar o coração.
A hora da decisão se aproxima.
Mãos trêmulas.
Unha por unha roída.
Frio na espinha.
Suor escorrendo pelo rosto.
Palidez.
A sala vazia.
Os saltos batem longe no corredor escuro.
Parecem gritos ou choros. Difícil dizer se são reais ou imaginários.
Ao fundo telefones tocam.
Há também o som mais irritante de todos, um motor que não se cessa.
As bolhas de ar fazem a água saltar no galão.
Enchem a boca de sede.
Levantar ou não levantar.
Matar a sede ou suportar a tentação.
Correr ou esperar o desfecho.
O ponteiro do relógio chega à casa 12.
É tarde demais.
A porta branca vagarosamente começa a se abrir.
Não há mais nada a fazer.
Cabisbaixo, vestimenta branca, olhos exaustos, com o sorriso contido no canto do rosto ele aparece em frente à cadeira.
Com a voz tímida, porém animada, diz:
“E ai seu Astolfo! Quanto tempo, né? Achei que não ia mais voltar. E ai? Já decidiu?
Vai fazer só a limpeza ou vai cuidar dos outros den...
Antes que ele pudesse terminar a frase, corri desesperadamente pelo corredor vazio.
Na porta, bufando, tomei coragem e bradei: “Prefiro ficar banguelo a morrer de enfarto ao som daquele motor”.
Vitorioso, desci as escadas. Pronto já decidi!
A hora da decisão se aproxima.
Mãos trêmulas.
Unha por unha roída.
Frio na espinha.
Suor escorrendo pelo rosto.
Palidez.
A sala vazia.
Os saltos batem longe no corredor escuro.
Parecem gritos ou choros. Difícil dizer se são reais ou imaginários.
Ao fundo telefones tocam.
Há também o som mais irritante de todos, um motor que não se cessa.
As bolhas de ar fazem a água saltar no galão.
Enchem a boca de sede.
Levantar ou não levantar.
Matar a sede ou suportar a tentação.
Correr ou esperar o desfecho.
O ponteiro do relógio chega à casa 12.
É tarde demais.
A porta branca vagarosamente começa a se abrir.
Não há mais nada a fazer.
Cabisbaixo, vestimenta branca, olhos exaustos, com o sorriso contido no canto do rosto ele aparece em frente à cadeira.
Com a voz tímida, porém animada, diz:
“E ai seu Astolfo! Quanto tempo, né? Achei que não ia mais voltar. E ai? Já decidiu?
Vai fazer só a limpeza ou vai cuidar dos outros den...
Antes que ele pudesse terminar a frase, corri desesperadamente pelo corredor vazio.
Na porta, bufando, tomei coragem e bradei: “Prefiro ficar banguelo a morrer de enfarto ao som daquele motor”.
Vitorioso, desci as escadas. Pronto já decidi!
Comentários
Brincadeira, ficou ótimo