Se Shakespeare vivesse no mundo atual ele seria apenas mais um, da grande lista de escritores de livros de auto-ajuda.
Faltaria à grandiosidade de Shakespeare um ingrediente indispensável para consagrar a sua genialidade e fazer com que continuasse compondo romances inesquecíveis, tais como aqueles que ainda hoje permeiam o imaginário de nove, em cada dez, pessoas no mundo.
Hoje em dia, de onde viria a inspiração para um amor avassalador que rompe barreiras, desfaz ódios e supera, até mesmo, a morte?
Nos dias atuais, o amor foi vencido pelo individualismo. Foi apunhalado, pelas costas, pela navalha severa e atroz da liberalidade, arbitrária, consumista, insaciável e instintiva.
Salvo raríssimas exceções, não há, no mundo atual preocupação do “grande amor da vida”. A célebre frase “felizes para sempre”, dos contos de fadas, foi sumariamente substituída por “até que a vontade nos separe”.
FULANO gosta de CICLANO, que se casou com BELTRANO, que tem um caso com MEZOTANO, que, por sua vez, é namorado de DECIFLANO, que tem uma filha com ESTUPEFÂNIO, que tem amor platônico por FULANO, que vai ficar com CICLANO, quando ele descobrir o caso de BELTRANO, que desesperado de amor por MEZOTANEO, resolve espancar DECIFLANO, que reclama da má sorte da vida e vai pedir aumento de pensão alimentícia para garantir os estudos da filha e descobre que ESTUPEFÂNIO vai ter um filho de FULANO.
O amor atual não tem protagonista de novela mexicana e, muito menos, as cores de Almodóvar. Esse sentimento a que chamam de amor, hoje em dia, não passa de um mero argumento para que as pessoas satisfaçam as suas vontades e justifiquem o seu egoísmo, sem se preocupar com os outros.
Ao contrário do que entoa o rito mais famoso, o amor (atual) é uma ferida que se sente. É um descontentamento contínuo. É um maltratar e ser machucado. É o machucar apenas para satisfazer ego ou uma necessidade momentânea. É o matar apenas para lavar a alma.
Onde ficaram as promessas “de juntos na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza”?
Onde está o amor acima de tudo?
Onde estão os exemplos de amor incondicional?
Onde estão Romeu e Julieta?
Onde ficamos nós, neste mundo egoísta, capitalista, perdido e vazio?
Precisamos, desesperadamente, que Shakespeare volte e, quem sabe possa escrever:
“Os dez passos do sucesso do amor incondicional”.
Ou seria melhor: “Como amar e ser amado?"
Faltaria à grandiosidade de Shakespeare um ingrediente indispensável para consagrar a sua genialidade e fazer com que continuasse compondo romances inesquecíveis, tais como aqueles que ainda hoje permeiam o imaginário de nove, em cada dez, pessoas no mundo.
Hoje em dia, de onde viria a inspiração para um amor avassalador que rompe barreiras, desfaz ódios e supera, até mesmo, a morte?
Nos dias atuais, o amor foi vencido pelo individualismo. Foi apunhalado, pelas costas, pela navalha severa e atroz da liberalidade, arbitrária, consumista, insaciável e instintiva.
Salvo raríssimas exceções, não há, no mundo atual preocupação do “grande amor da vida”. A célebre frase “felizes para sempre”, dos contos de fadas, foi sumariamente substituída por “até que a vontade nos separe”.
FULANO gosta de CICLANO, que se casou com BELTRANO, que tem um caso com MEZOTANO, que, por sua vez, é namorado de DECIFLANO, que tem uma filha com ESTUPEFÂNIO, que tem amor platônico por FULANO, que vai ficar com CICLANO, quando ele descobrir o caso de BELTRANO, que desesperado de amor por MEZOTANEO, resolve espancar DECIFLANO, que reclama da má sorte da vida e vai pedir aumento de pensão alimentícia para garantir os estudos da filha e descobre que ESTUPEFÂNIO vai ter um filho de FULANO.
O amor atual não tem protagonista de novela mexicana e, muito menos, as cores de Almodóvar. Esse sentimento a que chamam de amor, hoje em dia, não passa de um mero argumento para que as pessoas satisfaçam as suas vontades e justifiquem o seu egoísmo, sem se preocupar com os outros.
Ao contrário do que entoa o rito mais famoso, o amor (atual) é uma ferida que se sente. É um descontentamento contínuo. É um maltratar e ser machucado. É o machucar apenas para satisfazer ego ou uma necessidade momentânea. É o matar apenas para lavar a alma.
Onde ficaram as promessas “de juntos na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza”?
Onde está o amor acima de tudo?
Onde estão os exemplos de amor incondicional?
Onde estão Romeu e Julieta?
Onde ficamos nós, neste mundo egoísta, capitalista, perdido e vazio?
Precisamos, desesperadamente, que Shakespeare volte e, quem sabe possa escrever:
“Os dez passos do sucesso do amor incondicional”.
Ou seria melhor: “Como amar e ser amado?"
Quem sabe: "O sucesso das pessoas altamente eficazes no amor"
Mas, talvez prefiram mesmo: “O amor ainda é possível, basta acreditar”.
Comentários
Dizem que viver procurando o amor é uma historinha que vem do Romantismo pra nos distrairmos e não fazermos mais nada de interessante na vida... amar é pra burguês!
Mas que o mundo realmente seria melhor se amássemos de verdade... ah isso seria!
Adorei sua escrita!